Biografia

Nascido a 23 de Março de 1970 em Angola, na cidade do Lobito, Pedro Couceiro iniciou, aos 12 anos, a sua carreira nas competições motorizadas. Nessa altura já vivia em Lisboa e dedicava os tempos livres à sua carreira de pequeno cantor, chegando a gravar sete discos e a participar em diversos espetáculos infantis da canção. 

Em 1980 foi coroado com o “Prémio Melhor Voz Nacional” no Festival Internacional da Figueira da Foz e gravou aquele que veio a ser o seu primeiro single a solo – “Eu Já Namoro”. Com os lucros das vendas de discos, espectáculos e actuações, Couceiro adquire o seu primeiro Kart e dedica-se, durante seis anos, a estas competições.

Em 1986 venceu brilhantemente a “Taça de Portugal”, por três ocasiões foi Vice-Campeão em 1983, 1984 e 1987, para além do 3º lugar conquistado em 1988.

A sequência lógica na sua carreira seria a passagem para a Fórmula Ford, a única fórmula de competição automóvel que se realizava na época em Portugal e paralela a outros campeonatos que se disputavam
internacionalmente.
Participou nos campeonatos de 1989 e 90, conseguindo no primeiro ano terminar o campeonato nacional no 6º lugar, ainda que inactivo durante mais de um mês devido a um grande acidente no decorrer de treinos no circuito do Estoril.

Conquistou o título de Campeão Nacional de Fórmula Ford na sua segunda época nesta disciplina e seguindo o exemplo de outros pilotos experientes nos monolugares, como Pedro Matos Chaves, Diogo Castro Santos ou Pedro Lamy, Couceiro segue para uma carreira internacional, recaindo a escolha no tão disputado Campeonato da Europa de Fórmula Opel.

Entre 1991 e 1993, Couceiro permanece naquela que era tida, à época, como a fórmula de promoção mais competitiva para jovens pilotos internacionais em ascensão de carreira.
Vencendo uma corrida e subindo por variadíssimas vezes ao pódio, viu como ponto mais alto na sua passagem pela “EuroSeries” o título de Vice-Campeão na “Taça das Nações” de 1992, prova disputada no circuito do Estoril e na qual fez equipa com Manuel Gião.

A passagem ao próximo degrau – a Fórmula 3 – fez-se no campeonato alemão dessa disciplina, porventura o mais competitivo a nível mundial no início da década de 90 e por onde tinham passado nomes como Michael Schumacher, Tom Kristensen, Pedro Lamy ou Jos Verstapen.

Na sua temporada de estreia, em 1994, teve uma época brilhante ao conservar durante bastante tempo a segunda posição no campeonato, isto perante os maiores nomes da modalidade de então com Jorg Muller, Sascha Massen, Alexander Wurz, Max Angelelli, Ralf Schumacher ou Norberto Fontana.

Todavia, como não era um dos pilotos apoiados oficialmente por um construtor, veio a ser prejudicado em favor dos pilotos de “fábrica” da Opel enfrentando diversos problemas na parte final do campeonato com sua equipa semi-oficial.

O balanço foi, no entanto, muito positivo e as sete subidas ao pódio, das quais cinco representavam um 2º lugar e dois terceiros, além de outras classificações no “TOP 5”, valeram-lhe o convite por parte de Helmut Marko para ingressar na equipa oficial da FIAT.

Em 1995, o motor Alfa-Romeo tardou e nunca chegou mesmo a equipar o carro, pelo que teve a vida muito dificultada devido à pouca competitividade do motor Fiat, motor que equipava o seu Dallara e que pouca, ou nenhuma, evolução teve durante a temporada.
Consegue no final do ano o mesmo resultado do ano anterior, o 5º lugar do Campeonato, sendo na altura o melhor representante da marca italiana. 

Entretanto, as suas prestações não passaram despercebidas ao seu patrão de equipe e ao construtor italiano pelo que não foi de estranhar que nesse mesmo ano e pela mão de Helmut Marko, tivesse um convite da “Casa mãe Italiana” e uma boa experiência na corrida do DTM, disputada no Estoril.
Ao volante de um Alfa Romeo 155 TI V6, como estreante nesta disciplina e não dispondo de material suficientemente competitivo, consegue realizar uma prova digna de registo.
Era a sua estreia em carros de turismo e o seu colega de equipa na altura, o Alemão Christian Danner, motivou-o a ficar no DTM mas, o sonho de chegar à F1 acabou por ser mais forte e….

Pedro Couceiro é dos poucos exemplos no automobilismo internacional de alta competição que, enquanto exerceu a sua carreira desportiva, conseguiu prosseguir os estudos.
O esforço valeu-lhe a conclusão, com sucesso, do curso de Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico.
Na altura, o estatuto de “Atleta de Alta Competição” e a grande colaboração prestada pelos seus colegas de curso, ajudaram a que mais um dos seus sonhos se tornasse realidade.

Depois de duas épocas na F.3 Alemã, decide dar mais um passo na sua carreira passando para a competitiva Fórmula 3000 Internacional e, em 1996, ingressa naquela que era tida, na altura, como a antecâmara da Fórmula 1. Teve dois anos muito difíceis. Não obstante os muitos problemas que surgiram ao longo da temporada de 96 teve como ponto alto da época o 5º lugar na prova inaugural do campeonato, tornando-se num dos poucos pilotos, até à data, a conseguir pontuar numa prova de estreia da modalidade.

Em 1997, conseguiu aquele que poderá ser um dos pontos mais altos da sua carreira:
2º lugar na prova do G.P. de Inglaterra.

No final desse mesmo ano estabelece negociações com a “Escuderia Minardi” mas não consegue levar a bom porto o objectivo de alcançar a F1.

Muda-se então em 1998 para os “Grand Turismo” e ingressa na competitiva Porsche Supercup.
Após quatro épocas a militar naquele que é considerado por muitos como “O Troféu Monomarca mais competitivo do Mundo” e onde foi um “Front Runner” com exemplo para a Pole Position no GP Austrália em Melbourne 1999, Couceiro juntou esforços com Miguel Pais do Amaral e lançou-se numa nova aventura, disputando o Campeonato Espanhol de GT durante quatro temporadas com o ex “Homem Forte” do grupo “MediaCapital”. 

Posteriormente, continua a competir nos Campeonatos de GT e com o seu rival e amigo de sempre Manuel Gião, alcançou em 2007 o título de vice-campeão espanhol e a vitória no Taça Ibérica.

2008 trouxe-lhe também uma grande temporada e, ao colocar-se constantemente entre os melhores dos GT’s internacionais, alcança a 3ª posição final no Open Internacional, mais vulgarmente conhecido por “Europeu GT”. 
Nesse mesmo ano, em conjunto com Manuel Gião e Andrea Montermini trazem para a Scuderia Ferrari PlayTeam, o título de “campeões por equipas”, título que viria de novo a conquistar para a Porsche Itália na temporada de 2009, em conjunto com Richard Lietz e Manuel Gião.

À parte da sua vida profissional tem ainda tempo para se juntar à causa da “UNICEF” onde é desde 1995 Embaixador do Comité Português dessa instituição, tendo exercido até aos dias de hoje esse cargo em parceria com o futebolista Luís Figo, a fadista Mariza e a apresentadora Bárbara Guimarães.

Depois de terminar a sua carreira em pista, pela Ferrari Suíça, voltou a sua actividade para a gestão, salientando-se o Management do piloto Filipe Albuquerque e Rafael Lobato, bem como, outras actividades ligadas ao desporto motorizado.
 
Já 2013, em conjunto com cerca de 40 personalidades da vida pública e empresarial nacional, criou a associação “MERITIS“, associação que visa ajudar jovens de reconhecido mérito, numa situação de risco para a progressão das suas actividades desportivas ou artísticas e onde um “pequeno empurrão” possa significar um grande impulso nas suas carreiras. 
O sucesso da Meritis foi tal que, em 2018, foi-lhe atribuído o Estatuto de Entidade de Utilidade Pública.

Desde 2016 e a convite de Eduardo Freitas, “RaceDirector” das 24h Le Mans e “WEC”, é o “OfficialSafetycar Driver” deste Campeonato Mundial, sendo que concilia as suas funções, também, como “Safetycar Driver” do “European LeMans Series” e como “FIA Driver Advisor” em várias outras competições internacionais.
 
Tem, ainda, sido chamado a mostrar o seu parecer nas mais diversas áreas da sociedade civil portuguesa.

Fez parte, entre 2013 e 2016, do Conselho Nacional do Desporto, órgão regulado pela Secretaria de Estado da Juventude e Desporto e, mais recentemente, aceitou o convite para Membro Externo do Conselho da Universidade de Coimbra.

 
“KNOW HIM FAST”

CARRO ACTUAL :
FIAT 500
CARRO DE SONHO : PORSCHE 917
A COMIDA : BACALHAU-À-BRAZ
A BEBIDA : ÁGUA COM GÁS
O CLUBE : SPORTING
O LIVRO : O MEU PÉ DE LARANJA LIMA
O ESCRITOR : MIGUEL TORGA
O FILME : DRIVING MISS DAISY
O ACTOR : VASCO SANTANA
A MÚSICA : ONE DAY IN YOUR LIFE de MICHAEL JACKSON
O MÚSICO PORTUGUÊS : LUÍS REPRESAS & RUI VELOSO
O HOBBIE : PLAYSTATION & GOLFE

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