MÓNACO - NÃO EDITADO
Mónaco.
Este nome não passa despercebido a nenhum amante do desporto automóvel. Os circuitos citadinos têm, em geral, características muitos especiais o que os torna em verdadeiras catedrais das pistas de competição. De todos eles existem porventura três que são expoentes máximos do automobilismo mundial sendo, por isso mesmo, ponto obrigatório de passagem das grandes competições internacionais.

Pau, Macau e Mónaco. Destes, sem dúvida que é o circuito monegasco aquele que mais emoções atrai. Para isto, muito contribui o verdadeiro clima de festa que durante aqueles quatro dias do ano envolvem o principado. Mas é principalmente a imagem de toda aquela beleza que mais salta á vista de alguém que por lá passa. Construções maravilhosas que entram pelo mar dentro, embarcações de sonho, automóveis luxuosos, muita e muita gente e sobretudo aquelas ruelas transformadas em pista de competição.

Talvez por assistir a tudo isto, pela televisão, desde que a memória me permite, fiquei sempre como que com água na boca para visitar tão afamado local. E foi assim que no primeiro Inter-Rail que fiz, lá passei por Monte-Carlo. Lembro-me das inúmeras voltas que dei nas ruas que delineiam o traçado do Grande Prémio. Mas é da segunda visita que melhores recordações guardo. Estávamos em 1987 e conjuntamente com amigos que praticavam Karting como eu, decidi avançar para uma verdadeira aventura europeia.
Pelo meio ficaram uma visita à terra da Ferrari - Fiorano, ou a uma exposição em Paris sobre a casa Italiana. Mas foi no Mónaco a paragem mais importante. Naquela altura nem eu nem o Pedro (Lamy) pensaríamos vir ali a correr um dia. E como tudo mudou ...

Passados todos estes anos, Mónaco é já um ponto habitual de passagem nas nossas corridas anuais, mas ficará para sempre gravado nas nossas memórias aqueles “Banana Split” que íamos comer para um local que hoje nos recebe como “Box”.

Terça-Feira, 16 de Maio de 2000