Grande Ordem ... ao Mérito!
Nunca o Desporto Automóvel esteve tão em alta no que respeita à participação e promoção da Lusitânia no panorama internacional.
Somos Campeões do GT Open, Campeões Mundiais da Fórmula E, Campeões Mundiais e Europeus de Resistência LMP2, Vencedores LMP2 das 24H Le Mans e, mesmo “fresquinho”, Vencedores das 24H Daytona!
Tanto e tão destacado “levar” da Bandeira de Portugal pelos diversos “Palcos” mundiais fez com que mesmo as atenções dos mais distraídos se virassem para estes nossos “Heróis”.
António Félix da Costa e Filipe Albuquerque…. Os nossos compatriotas do momento.
A eles, que eram já verdadeiros “Conquistadores” dos “Asfaltos Internacionais”, que levaram o seu nome e o de Portugal a patamares verdadeiramente estratosféricos, só lhes faltava no seu recheado C.V. um título.
Porventura o menos sonhado por qualquer um deles, mas com toda a certeza o maior e mais distinto de todos.
O verdadeiro e alto reconhecimento da Nação. De todos nós Portugueses.
O Título de “Comendador”! Grande Ordem do Mérito!
E agora?
Que mais podem estes dois pilotos almejar para as suas carreiras?
Que título mais poderá superar este tão distinto reconhecer do seu Mérito!?

Sempre achei que uma carreira só é verdadeiramente bem-sucedida se essa ela própria for produtora de uma continuidade de sucesso… no tempo… através das gerações.
É isso que espero que o António e o Filipe possam fazer.
Passar os seus conhecimentos às novas gerações… criando novos e melhores campeões.
Há uns anos, muitos mesmo, li uma expressão de Leonardo DaVinci que não mais esqueci…
Aliás… tão forte que a transformei no meu “Modus Operandi” de vida!

“Fraco o Discípulo que não supera o seu Mestre!”

É por isso que me dá uma especial alegria ver estes dois “Talentos”, que a “CJT-Couceiro Junior Team” viu nascer, estarem no “Topo do Mundo” e terem usado e mesmo superado tudo o que a estrutura que em 1997 lancei com o meu irmão Nuno lhes colocou ao dispor.

Custa-me muito ver o “fosso” que já está criado para o futuro.
Depois do Álvaro Parente, Filipe ou António há um quase vazio de continuidade estruturada.
Serão, pelo menos, 10 anos que teremos de “Vazio” quando terminarem as suas carreiras.
Isto, se não aparecer um Dom Sebastião que nos faça acreditar no “impossível”!

Mas… como estamos em maré alta, vamos disfrutar deste momento e sonhar com o “Retorno” à normalidade.

Mérito em Portugal… esse existe muito.
Um abraço e até breve.
Pedro


Crónica 3 . Website Quintaafundo.com
Quinta-Feira, 18 de Fevereiro de 2021